A poesia que encerra o filme:Pro Dia Nascer Feliz
Minha terra por ventura
Mereçe tal descrição
Lá a vida é menos dura
Qualquer um lhe estende a mão.
O céu é menos cinzento
Lá não tem poluição
Só existe um argumento
Que me parte o coração.
Ver o povo madrugar
E seguir para o roçado
Mais se a chuva não chegar
Perde o que se foi plantado.
Eu agora exilada
Só me resta descrever
Aqui não encontro nada
Que me motive a viver
Mais falar da minha terra
Ah isso me dá prazer.
E mesmo aqui tão distante
Tenho algo á pedir
Quero agora,neste instante
voltar para Manari
Pois eu nâo quero morrer
Sem de lá me despedir.
por Valeria Fagundes
Essa poesia é de autoria de Valéria Fagundes,aluna de uma escola pública do nordeste e que em meio a pobreza,ainda acha motivos para continuar sonhando com boas perspectivas de um futuro melhor. O poema faz uma alusão a ``Canção de Exílio´´ do poeta maranhense Gonçalves Dias.
O documentário do diretor João Jardim,narra de forma objetiva e sem máscaras a realidade vivida nas escolas do Brasil à fora.
Minha terra por ventura
Mereçe tal descrição
Lá a vida é menos dura
Qualquer um lhe estende a mão.
O céu é menos cinzento
Lá não tem poluição
Só existe um argumento
Que me parte o coração.
Ver o povo madrugar
E seguir para o roçado
Mais se a chuva não chegar
Perde o que se foi plantado.
Eu agora exilada
Só me resta descrever
Aqui não encontro nada
Que me motive a viver
Mais falar da minha terra
Ah isso me dá prazer.
E mesmo aqui tão distante
Tenho algo á pedir
Quero agora,neste instante
voltar para Manari
Pois eu nâo quero morrer
Sem de lá me despedir.
por Valeria Fagundes
Essa poesia é de autoria de Valéria Fagundes,aluna de uma escola pública do nordeste e que em meio a pobreza,ainda acha motivos para continuar sonhando com boas perspectivas de um futuro melhor. O poema faz uma alusão a ``Canção de Exílio´´ do poeta maranhense Gonçalves Dias.
O documentário do diretor João Jardim,narra de forma objetiva e sem máscaras a realidade vivida nas escolas do Brasil à fora.
Este é o primoroso poema que serviu de inspiração para a aluna do documentário.
Canção do Exílio
"
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
onde canta o Sabiá."
Gonçalves Dias