Parece que foi ontem que o Brasil se rendia à voz e ao suingue soul da cantora Sandra de Sá, embalando o seu sucesso " Demônios Colorido", música que a revelou ao concorrer no festival MPB 80, da Rede Globo. Nesse mesmo ano em que se consagrou como uma das novas musas da MPB ( música preta brasileira, como ela própria intitula), Sandra ganhou projeção nacional, fincando raízes no coração do grande público com canções de sucesso que serviram de trilhas sonoras para alavancar grandes romances. A lista é extensa, mas vale a pena ressaltar as que marcaram a memória da multidão como: "Retratos e Canções, Solidão, Não Vá e Bye, Bye Tristeza e a regravação primorosa de Azul da Cor do Mar, de Tim Maia", entre outras tantas que fizeram parte do nosso imaginário sentimental. A diva negra, vem novamente à tona com o seu mais recente àlbum celebrando os seus 30 anos de trajetória musical. Com o sugestivo titulo de "Àfrica Natividad- Cheiro de Brasil", a cantora lança o 16º CD da sua carreira, trazendo as autênticas batidas dançantes que lhe são peculiar, além de um seleto time de convidados especiais que vieram compartilhar dessa festa black. Entre eles estão: Seu Jorge, com o seu gingado de malandro carioca, o fulgente Rildo Hora e a sua gaita fenomenal, o rapper angolano MCK, com sua bela performance vinda da "Mãe Àfrica" e a voz incomparável da divina cantora cabo-verdiana Ana Firmino. Mais uma vez Sandra se supera na elaboração de um novo trabalho, isso só faz frisar o talento e a dedicação que em outrora fez da cantora, uma das mais bem sucedidas da MPB. Viva a música preta brasileira!