O beijo entre Vendramini e Tigre
Nos primórdios "Anos de Chumbo", ocorrido nas décadas de 1960 e 1970 no País, onde a censura e a repressão imperavam de forma hóstil e arbitrária, impedindo a livre propagação da liberdade de expressão e outros conceitos artísticos e culturais. Durante esse período de pura truculência e intolerância, o Brasil se viu refém da Ditadura e de seu militarismo anacrônico, que faziam da arte o seu melhor saco de pancadas. Com o fim dessa época nefasta e com a instauração da Democracia, o País finalmente pôde respirar ares mais justos e coerentes, desfrutando assim do direito de expressar suas ideologias e os seus anseios que até então eram deflagrados pelo autoritarismo ferrenho dos poderosos militares. Embora tenhámos muito o que comemorar, também ainda há muito o que fazer para que o preconceito velado e falso moralismo, se extigue de vez da sociedade. Há pouco tempo atrás, foi divulgado em todos os veículos de comunicação do Brasil, o famoso "beijo gay" que a mídia e os telespectadores tanto aguardavam, mas que foi veementemente vetado pela onipotente "Vênus Platinada". O beijo que seria o primeiro da história da teledramurgia brasileira, foi abortado sem precedentes ou uma justificativa plausível ao telespectador. Na ocasião a novela América, seria a responsável por realizar essa façanha exibindo o ósculo entre os personagens Junior (Bruno Gagliasso) e Zeca (Erom Cordeiro). Mas parece que uma outra emissora de TV está disposta a escrever um novo capitulo dessa controversa história. No intento de quebrar esses paradigmas que paira nas novelas do País, o SBT, está apostando todas as suas fichas em um novo "beijo gay" que será protagonizado pelas atrizes Luciana Vendramini e Gisele Tigre em sua nova atração "Amor e Revolução". Agora criou-se muita expectativa em volta desse beijo que irá revolucionar a TV brasileira. Muitos estão ansiosos para verem de fato esse acontecimento. Se depender da comoção que esse suposto beijo já está causando em todos os meios de comunicação, e principalmente entre o público que é aficcionado em um folhetim, o sucesso pode estar relativamente assegurado e marcado o seu ingresso nos anais da televisão. Diante de todo esse burburinho, dá pra imaginar que o baú do Silvio Santos é realmente uma caixinha de surpresa. Mais um ponto positivo para o mestre do marketing. Quem sabe, sabe!
Luciana mais uma vez na crista da onda
A clássica capa de dezembro de 1987, onde tudo começou
O seu triunfante retorno à capa da Playboy em 2003
Com o advento do primeiro "beijo gay" das novelas brasileiras, a atriz Luciana Vendramini, mais uma vez estará no olho do furacão midiático. A musa de enebriou nove entre dez marmanjos e adolescentes no final da década de 1980, quando surgiu linda e fascinante na capa da edição de dezembro da revista Playboy em 1987, paramentada com uniforme vermelho de soldadinho como uma das púpilas da rainha dos baixinhos Xuxa. Luciana reinou absoluta durante as décadas seguintes se tornando um dos maiores simbolos sexuais do País, um sonho de consumo dos brasileiros que se encantavam com o sua beleza de ninfeta e o seu corpo de mulher. A beldade que após entrar para o rol das mais sexys deusas dos Anos 1980 por causa da sua antológica Playboy, começou a galgar uma promissora carreira de modelo e futuramente de atriz de sucesso. Luciana que sofreu de TOC (transtorno obsessivo compussivo), deu a volta por cima, fez uma nova edição da revista do coelho em dezembro de 2003 e consolidou uma carreira de respeito no teatro e na TV. Agora Vendramini surge outra vez para se destacar como realmente merece. Se o destino conspirou para torná-la definitivamente uma estrela, Luciana com certeza será. Com ou sem beijo gay. Quem foi rainha, nunca deixa de ser majestade.
Fotos: Lourival Ribeiro/SBT e Playboy